Em tempos de computação gráfica, a ilustração artesanal do gaúcho José Luiz Benício já não tem o destaque merecido. Mas esse grande artista nascido em 1936, e ainda na ativa, tem seu dedo no imaginário popular do brasileiro que consumiu cultura pop nacional nos últimos 60 anos.
O traço de Benício esteve nos cartazes de mais de 300 filmes brasileiros, como Dona Flor e seus dois maridos, Independência ou morte e todos os dos Trapalhões. Nos pôsteres das pornochanchadas, ele criou formas femininas que acendiam a imaginação dos adolescentes sem idade para assistir aos filmes. A imagem de Vera Fischer que ele criou para o cartaz de A Superfêmea é muito mais famosa do que o filme divulgava.
Benício esbanjou seu talento nas pin-ups que desenhou para a Playboy e outras revistas masculinas, nas capas e editoriais que fez para Veja e tantas outras revistas, nas campanhas publicitárias de grandes marcas, nos selos que fez para os Correios e nas capas de mais de 1.500 livros de bolso, como os romances baratos dos espiões Brigitte Monfort e K. O. Durban, da série ZZ7, grande sucesso das bancas de jornal.
Há outros bons exemplos do trabalho de Benício no ótimo blog La Dolce Vita, de onde tirei algumas destas imagens