Filme: Biutiful (Espanha/México), 2010, de Alejandro González Iñárritu
A história em uma frase: Homem que ganha a vida traficando pessoas e explorando seu dom de ouvir os mortos sente seu corpo ser destruído pelo câncer, mas a dor física não parece ser pior do que o fato de que ele viveu a vida inteira na lama, incapaz de proporcionar destino melhor aos seus filhos.
Assista se… Você estiver disposto a encarar um filme que é muito bom, mas que vai te deixar de baixo astral.
O que faz valer seu tempo e dinheiro: 1) A oportunidade de ver uma Barcelona bem diferente da turística, carcomida pela exploração da miséria, corrupção policial e decadência. 2) Javier Bardem, muito competente em interpretar Uxbal, personagem extremamente complexo. 3) A direção de arte, primorosa em retratar o lado miserável de um país desenvolvido. 4) A ótima direção de Iñárritu.
Surpresa: A animada Barcelona também pode ser um posto avançado do Inferno.
Cena que fica na memória: (SPOILER!) Cerca de 25 imigrantes chineses ilegais escravizados são mortos acidentalmente por intoxicação com gás.
Ponto fraco: Com tanta miséria e decadência na tela, os 147 minutos do filme podem ser torturantes para algumas pessoas. Mas isso faz parte da proposta artística de Biutiful.
Moral da história: Não se deve vender um dom especial que a vida lhe deu de graça.
No fim, a sensação é de que… A vida é uma merda.
Amei este filme! sensacional!
escrevi sobre ele tb auqi…
http://casadetijolinhos.blogspot.com/2011/01/biutiful.html
da uma olhada!
Alexandre, vi hoje o filme e só li seu post sobre o mesmo agora, para evitar o famigerado SPOILER. rs.
Suas opiniões batem com as minhas. O filme termina de forma muito deprê mas.. isso é cinema (pra mim, cinema não é só uma bela paisagem, familias “Doriana”, finais felizes etc).
E sobre a Barcelona decadente, por diversas vezes me veio a mente a Havana (tambem decadente) de Pedro Juan Gutierrez – o Malecón, as prostitutas, o lixo nas ruas, as construções antigas… acho que a linguagem do “realismo sujo”, tão usada pelo escritor cubano, acaba ficando presente neste excelente filme do Iñarritu.
Abraços e parabéns pelo blog – não conhecia.
Obrigado, Fabrício. Gostei muito do filme e fiquei contente em ver que o Bardem foi indicado ao Oscar por ele.
Paulo., vi hoje o filme e só li seu post sobre o mesmo agora, para evitar o famigerado SPOILER. rs.
Suas opiniões batem com as minhas. O filme termina de forma muito deprê mas.. isso é cinema (pra mim, cinema não é só uma bela paisagem, familias “Doriana”, finais felizes etc).
E sobre a Barcelona decadente, por diversas vezes me veio a mente a Havana (tambem decadente) de Pedro Juan Gutierrez – o Malecón, as prostitutas, o lixo nas ruas, as construções antigas… acho que a linguagem do “realismo sujo”, tão usada pelo escritor cubano, acaba ficando presente neste excelente filme do Iñarritu.
Abraços e parabéns pelo blog – não conhecia
Homem que ganha a vida traficando pessoas e explorando seu dom de ouvir os mortos sente seu corpo ser destruído pelo câncer, mas a dor física não parece ser pior do que o fato de que ele viveu a vida inteira na lama, incapaz de proporcionar destino melhor aos seus filhos.
paulo henrique da silva!!